segunda-feira, 27 de março de 2017

Atividades Complementares_1ª Série

ITEM 1
As enchentes de minha infância
Rubem Braga
Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio. Quando começavam as chuvas, a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo. Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre.
Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.

BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962, p. 157.
1. Leia o seguinte trecho: “Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua...”. O termo mas que une as duas orações no período estabelece entre elas relação de
(A) adição.
(B) oposição.
(C) conclusão.
(D) explicação.
(E) alternância.

2. Que função desempenha a expressão destacada no trecho “... o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo” (2º parágrafo)?

3. Observe o trecho: “Quando começavam as chuvas, a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a enchente.” O termo quando, que inicia o período, expressa que tipo de relação?


ITEM 2
Leia o texto e, a seguir, responda a atividade proposta.
Segunda-feira, 29 de junho de 1992,
Dear mimmy,
Não aguento mais tiros de canhão! Não aguento mais granadas caindo! Nem mortos! Nem desespero! Nem fome! Nem infelicidade! Nem medo! Minha vida é isso! Não se pode criticar uma estudante inocente de onze anos de idade por estar vivendo! Uma estudante que não tem mais escola, que não tem mais nenhuma alegria, nenhuma emoção de estudante. Uma criança que não brinca mais, que ficou sem amigas, sem sol, sem pássaros, sem natureza, sem frutas, sem chocolate, sem balas, só com um pouquinho de leite em pó. Uma criança que, em resumo, não tem mais infância. Uma criança da guerra. Agora percebo mesmo que estou no meio da guerra, que sou testemunha de uma guerra suja e nojenta. Eu e também os milhares de outras crianças desta cidade que está sendo destruída, que chora, que se lamenta, que espera um socorro que não virá. Meu Deus, será que algum dia isso vai chegar ao fim, será que vou poder voltar a ser estudante, voltar a ser uma criança feliz por ser criança? Ouvi dizer que a infância é a época mais linda da vida. Eu estava feliz de viver minha infância, mas essa guerra me tomou tudo. Por quê? Estou triste. Estou com vontade de chorar. Estou chorando.
Filipović, Zlata. O diário de Zlata: a vida de uma menina na guerra. São Paulo. Companhia das letras, 1994.
Disponível em: <materialatividadescomplementare-s/LP9_1
BIM_ALUNO_2014.pdf>. Acesso em: 22 nov. 2016.

1. Todo texto pode ser enquadrado dentro de um gênero textual, considerando-se sua situação de produção, ou seja, quem o escreve, com que finalidade, em que situação e para quem. Após a leitura do texto acima, diga a que gênero ele pertence e qual sua finalidade?
Leia o texto e, a seguir, responda a atividade proposta.
Preparação para a caminhada
Antes de iniciar a caminhada, é necessário tomar alguns cuidados para que seu exercício seja mais agradável.
*O aquecimento é fundamental. No início da caminhada, os primeiros 5 minutos devem ser feitos sempre em ritmo mais lento.

*Ingerir apenas alimentos leves próximo dos horários de sua caminhada. Os líquidos devem ser em pouca quantidade (não mais que 200 ml).
*Evitar sol forte e frio intenso.
*Após a caminhada, é importante fazer exercícios de alongamento, envolvendo, principalmente, a musculatura das panturrilhas, posterior das coxas e glúteos.
*Dê preferência para locais planos, arborizados ou pistas e parques específicos para caminhada.
Se você tiver problemas cardíacos, é de fundamental importância consultar seu médico para verificar possíveis riscos à saúde.
Disponível em: <http://belezaesaude.com/caminhada/>. Acesso em: 28 nov. 2016.
2. A finalidade desse texto é
(A) fazer propaganda de um projeto de saúde.
(B) fazer recomendações para uma boa caminhada.
(C) explicar os benefícios da prática da caminhada.
(D) convocar o leitor a fazer exercícios aeróbicos.
(E) mostrar a necessidade da hidratação para a caminhada.

Leia o texto e, a seguir, responda a atividade proposta.
Mente quieta, corpo saudável

A meditação ajuda a controlar a ansiedade e a aliviar a dor? Ao que tudo indica, sim. Nessas duas áreas os cientistas encontraram as maiores evidências da ação terapêutica da meditação, medida em dezenas de pesquisas. Nos últimos 24 anos, só a clínica de redução do estresse da Universidade de Massachusetts monitorou 14 mil portadores de câncer, AIDS, dor crônica e complicações gástricas. Os técnicos descobriram que, submetidos a sessões de meditação que alteraram o foco da sua atenção, os pacientes reduziram o nível de ansiedade e diminuíram ou abandonaram o uso de analgésicos.
(Revista Superinteressante, outubro de 2003.)
Disponível em: <http://tecciencia.ufba.br/viva-a-escrita/ati-vidades/mente-quieta-corpo-saudavel>. Acesso em: 28 nov. 2016.
3. O texto tem por finalidade
(A) conscientizar.
(B) denunciar.
(C) informar.
(D) ensinar
(E) criticar


ITEM 3
Leia o texto e, a seguir, responda a atividade proposta.
Entrevista com Luís Fernando Veríssimo

Repórter: Com este romance, você criou seis livros policiais. O que o atrai no gênero?
Veríssimo: O romance policial é sempre uma leitura atraente. Se há um crime e uma investigação, sempre é possível “prender” o leitor. De certa maneira, o primeiro passo de um livro, que é o contato com o leitor, já está contido na ideia de espiar os passos dados até a solução de um mistério.
Língua Portuguesa. São Paulo: Editora Seguimento, 2009. p.16. Adaptação: Reforma Ortográfica.
1. A expressão “ ‘prender’ o leitor” sugere
(A) aprisionamento.
(B) compromisso.
(C) embaraço.
(D) urgência.
(E) atração.

Leia o texto e, a seguir, responda a atividade proposta.
“Se chovesse felicidade, eu lhe desejaria uma tempestade”.
(Autor desconhecido)
2. Na frase, a palavra “tempestade” sugere
(A) intensidade.
(B) finalidade.
(C) modalidade.
(D) qualidade.
(E) prioridade.
Leia o texto e, a seguir, responda a atividade proposta.
Cinderela
Charles Perrault
Era uma vez, um senhor viúvo que tinha uma filha a quem amava muito. Ele decidiu casar-se novamente com uma viúva que tinha duas filhas.
O pobre homem morreu, deixando sua filha desolada. No entanto, a madrasta e suas filhas ficaram felizes com a herança.
As três mulheres invejavam a beleza e a bondade da moça. Então, a converteram em sua criada, e a chamavam de Cinderela.
Cinderela lavava, limpava, passava e cozinhava. Porém, mais que tudo chorava, porque ninguém mais gostava dela. Um dia, o arauto do rei convidou todas as jovens do reino para um baile no palácio, pois o príncipe herdeiro queria escolher uma esposa.
[...]
Disponível em: <http://www.qdivertido.com.br/verconto.p-
hp?codigo=18>. Acesso em: 28 nov. 2016
3. No trecho “O pobre homem morreu”, a palavra pobre foi empregada antes da palavra homem com a intenção de lhe conferir qual qualidade?



ITENS 4, 5 e 6
Leia o texto e, a seguir, responda as atividades propostas.
Sertão, argúem te cantô,
Eu sempre tenho cantado
E ainda cantando tô,
Pruquê, meu torrão amado,
Munto te prezo, te quero
E vejo qui os teus mistéro
Ninguém sabe decifrá.
A tua beleza é tanta,
Qui o poeta canta, canta,
E inda fica o qui cantá.
(De EU E O SERTÃO - Cante lá que eu canto Cá - Filosofia de um trovador nordestino - Ed. Vozes, Petrópolis, 1982)
Disponível em: <http://pensador.uol.com.br/poesia_de_patati
iva_do_assare>. Acesso em: 05 ago. 2016.

1. O texto acima foi escrito com um jeito de se expressar de
(A) um jovem.
(B) uma idosa.
(C) um cientista.
(D) um sertanejo.
(E) um advogado.

2. A quem o eu lírico se dirige, dedicando seu imenso amor?
Leia o texto e, a seguir, responda a atividade proposta.
Aos poetas clássicos
Patativa do Assaré
Poetas niversitário,
Poetas de Cademia,
De rico vocabularo
Cheio de mitologia;
Se a gente canta o que pensa,
Eu quero pedir licença,
Pois mesmo sem português
Neste livrinho apresento
O prazê e o sofrimento
De um poeta camponês.
[...]
Disponível em: <http://www.fisica.ufpb.br/~romero/port/ga_p- a.htm>. Acesso em: 05 dez. 2016.

3. Quem são os interlocutores desse poema?
Leia o texto e, a seguir, responda as atividades propostas.
O ladrão
Moacyr Scliar
Quem descobriu o ladrão na garage foi o meu irmão mais moço. Veio correndo nos contar, e a princípio não queríamos acreditar, porque embora nossa casa ficasse num bairro distante e fosse meio isolada, era uma quinta-feira à tarde e não podíamos admitir que um ladrão viesse nos roubar à luz do dia. Em todo caso fomos lá.
Espiamos por uma frincha da porta, e de fato lá estava o ladrão, um velhinho magro ─, mas não estava roubando nada, estava olhando os trastes da garage (que era mais um depósito, porque há tempo não tínhamos mais carro). Rindo baixinho e nos entendendo por sinais nós o trancamos ali.
À noite voltou a mãe. Chegou cansada, como sempre ─ desde a morte do pai trabalhava como costureira ─ e resmungando. Que é que vocês andaram fazendo? ─ perguntou, desconfiada ─ Vocês estão rindo muito. Não é nada, mãe, respondemos, nós quatro (o mais velho com doze anos). Não estamos rindo de nada.
Naquela noite não deu para fazer nada com o ladrão, porque a mãe tinha sono leve. Mas espiávamos pela janela do quarto, víamos que a porta da garage continuava trancada ─ e aquilo nos animava barbaridade. Mal podíamos esperar que amanhecesse ─, mas, enfim, amanheceu, a mãe foi trabalhar e a casa ficou só para nós.
Corremos para a garage. Olhamos pela frincha e ali estava o velho ladrão, sentado numa poltrona quebrada, muito desanimado. Aí, seu ladrão! ─ gritamos. Levantou-se, assustado. Abram, gente ─ pediu, quase chorando ─ abram. Me deixem sair, eu prometo que não volto mais aqui.
Claro que nós não íamos abrir e dissemos a ele, nós não vamos abrir. Me deem um pouco de comida, então ─ ele disse –, estou com muita fome, faz três dias que não como. O que é que tu nos dás em troca, perguntou o meu irmão mais velho.
Ficou em silêncio um tempo, depois disse: eu faço uma mágica para vocês. Mágica! Nós olhamos. Que mágica, perguntamos. Ele: eu transformo coisas no que vocês quiserem.
Meu irmão mais velho, que era muito desconfiado, resolveu tirar a limpo aquela história. Enfiou uma varinha pela frincha e disse: transforma esta varinha num bicho. Esperem um pouco ─ disse o velho, numa voz sumida.
Esperamos. Daí a pouco, espremendo-se pela frincha, apareceu um camundongo. É meu ─ gritou o caçula, e se apossou do ratinho. Rindo do guri, trouxemos uma fatia de pão para o velho.
Nos dias que se seguiram ele transformou muitas coisas ─ tampinhas de garrafa em moedas, um prego em relógio (velho, não funcionava) ─ e assim pordiante. Mas veio o dia em que batemos à porta da garage e ele não respondeu. Espiávamos pela frincha, não víamos ninguém. Meu irmão mais velho ─ esperem aqui vocês ─ abriu a porta com toda cautela. Entrou, pôs-se a procurar o ladrão entre os trastes:
─ Pneu velho, não é ele...Colchão rasgado, não é ele.... Enfim, não o achou, e esquecemos a história. Eu, particularmente, fiquei com certas dúvidas: pneu velho, não era ele?
In: Moacyr Scliar et al. Acontece na cidade. São Paulo: Ática, 2005. pp. 31-33. (Col. Quero Ler).
Disponível em: <http://sites.aticascipione.com.br/tudoeling-
uagem/ef2/sugestoes/avaliacao_7tl_1bim.pdf>. Acesso em: 6 dez. 2016.

1. A linguagem do texto é predominantemente
(A) formal.
(B) técnica.
(C) literária.
(D) informal.
(E) sertaneja.
2. Quem é o narrador do texto?

3. A linguagem do texto está de acordo com seu narrador? Comente.
Leia o texto e, a seguir, responda a atividade proposta.





1. A quem se dirige o cartaz?
Leia o texto e, a seguir, responda a atividade proposta.

Uma em cada 8 pessoas não tem acesso à água potável, diz Oxfam
O quadro humanitário mostrado no documento marca uma piora permanente
Ao menos 748 milhões de pessoas em todo mundo, cerca de uma a cada oito, vivem sem acesso à água potável, enquanto outras 2,5 milhões sofrem com a falta de serviços sanitários básicos devido a guerras e catástrofes naturais, afirmou a Oxfam. A instituição internacional, formada por 17 organizações governamentais nacionais que realizam trabalhos humanitários em 90 países sob o lema "trabalhar com os outros para combater a pobreza e o sofrimento", apresentou nesta terça-feira, dia 6, o relatório "#Savinglives: Emergência Água" sobre a condição e disponibilidade deste recurso em todos os cantos do planeta.
O quadro humanitário mostrado no documento marca uma piora permanente: milhares de homens, mulheres, crianças e idosos são castigados por guerras que devastam há anos países como Síria, Iraque, Iêmen e Sudão do Sul.
[...]
De acordo com o relatório, na Síria e no Iraque, mais de 20 milhões de pessoas precisam de água e comida. Após anos de conflito interno, o primeiro país está destruído, com 13,5 milhões de indivíduos dependentes de ajuda humanitária e, dentre eles, 3 milhões têm pouco ou nenhum acesso a alimentos e água potável.
[...]
Disponível em: <http://www.noticiasaominuto.com.br/mun
do/315888/uma-em-cada-8-pessoas-nao-tem-acesso-a-agua
-potavel-diz-oxfam>. Acesso em: 6 dez. 2016.
2. Que tipo de linguagem predomina no texto?
Leia o texto e, a seguir, responda a atividade proposta.

A oferta
Daniela Zanker
Recentemente, cancelei o serviço de TV a cabo por estar insatisfeita com a empresa. Após o cancelamento, recebi dezenas de ligações deles tentando me convencer a voltar a ser cliente. A última foi num sábado antes das oito da manhã e, claro, eu estava dormindo.
─ Senhora, podemos lhe dar seis meses de isenção de mensalidade!
─ Realmente, não tenho interesse.
─ A senhora pode, então, oferecer a promoção a um amigo!
Respirei fundo e, já irritada, disse:
─ Sinceramente, só recomendaria essa oferta a um inimigo.
─ Sem problema! A senhora pode me passar o nome e o telefone de seu inimigo?
Disponível em: <http://www.refletirpararefletir.com.br/tex-
to-de-humor>. Acesso em: 7 dez. 2016.
3. Quem são os interlocutores do texto?



ITEM 7
Leia os textos e, a seguir, responda a atividade proposta.
Texto I
Era uma vez um homem que contava histórias,
Falando das maravilhas de um mundo encantado
Que só as crianças podiam ver.
Mas esse homem, que falava às crianças,
Conseguiu descrever tão bem essas maravilhas,
Que fez todas as pessoas acreditarem nelas.
Pelo menos as pessoas que cresceram por fora,
Mas continuaram sendo crianças em seus corações.
Ele aprendeu tudo isso com a natureza,
Em lugares como esse sítio
Onde ele viveu.
[...]
Pirlimpimpim. LP Som Livre. Wilson Rocha,1982. Fragmento.
Disponível em: <http://materialatividadescomplem
entares /apostila-9c2ba-ano-lp-e-mat-com-descritores-palmas>.
Acesso em: 30 nov. 2016
Texto II

Lobato
No Sítio do Pica-Pau Amarelo, cenário mágico das histórias de Monteiro Lobato, surgiu à literatura brasileira para crianças. Da legião de pequenos leitores que a partir dos anos 20 devoraram as aventuras da boneca Emília e dos outros personagens do Sítio, nasceram novas gerações de escritores infantis dos pais. Embora Lobato tenha ficado conhecido por sua obra literária, não se limitou a ela. Foi um dos homens mais influentes do Brasil na primeira metade do século e encabeçou campanhas importantes, como a dodesenvolvimento da produção nacional do petróleo. Além do promotor público, empresário, jornalista e fazendeiro, foi editor de livros. Em 1918 fundou, em São Paulo, a Monteiro Lobato & Cia , editora que trouxe ao país grandes novidades gráficas e comerciais. Até morrer, em 1948, foi o grande agitador do mercado de livros no Brasil.
[...]
Nova Escola, Ano XIII, nº 100, mar. 1997.
Disponível em: <http://materialatividadescompleme
-entares/apostila-9c2ba-ano-lp-e-mat-com-descritores-palmas>.
Acesso em: 30 nov. 2016.

1. Os textos I (poema) e II (ensaio biográfico) têm em comum o fato de

(A) contarem sobre a vida de alguém.
(B) narrarem feitos maravilhosos.
(C) noticiarem um acontecimento.
(D) possuírem a mesma estrutura.
(E) contarem uma história infantil.
Leia os textos e, a seguir, responda a atividade proposta.
Texto I
Quadrilha
Carlos Drummond de Andrade
João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou-se com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.
Disponível em: <http://material%20atividadescomplem
-entares/apostila-9c2ba-ano-lp-e-mat-com-descritores-palmas>.
Acesso em: 30 nov. 2016.

Texto II
Quadrilha da sujeira
Ricardo Azevedo
João joga um palitinho de sorvete na rua de Teresa que joga uma latinha de refrigerante na rua de Raimundo que joga um saquinho plástico na rua de Joaquim que joga uma garrafinha velha na rua de Lili. Lili joga um pedacinho de isopor na rua de Joãoque joga uma embalagenzinha de não sei o quê na rua de Teresa que joga um lencinho de papel na rua de Raimundo que joga uma tampinha de refrigerante na rua de Joaquim que joga um papelzinho de bala na rua de J. Pinto Fernandes que ainda nem tinha entrado na história.
Disponível em: <http://materialatividadescomplem
-entares/apostila-9c2ba-ano-lp-e-mat-com-descritores-palmas>.
Acesso em: 30 nov. 2016.

2. Em relação aos textos, é correto afirmar que

(A) os dois textos tratam do mesmo tema, fazendo comparação com uma dança (quadrilha).
(B) o texto I trata do amor não correspondido, por meio da comparação com uma dança (quadrilha), enquanto o texto II critica o mau hábito de jogar lixo na rua.
(C) o texto II não tem relação alguma com o texto I, já que não há nada que lembre o primeiro texto.
(D) o texto II mostra como as pessoas prejudicam as outras por não serem correspondidas no amor
(E) o texto I é uma cópia do texto II, embora seu autor tenha romantizado a história.
Leia os textos e, a seguir, responda a atividade proposta.

Texto I
A indústria de pele
A indústria de pele é uma das indústrias mais cruéis do mundo, sendo a China a fonte mundial da maioria dos produtos de pele. Na ausência de qualquer legislação ou controle governamental, animais, na indústria de pele chinesa, são sujeitos às mais extremistas formas de crueldade. Investigações feitas em fazendas de pele na China expuseram métodos chocantes de colocação de armadilhas, transporte, confinamento e matança. Entre as espécies sendo usadas estão incluídas não apenas as tradicionais fornecedoras de pele, como os coelhos, as raposas, os minks e os raccons, mas também cães e gatos domésticos - cuja pele é chamada de propósito de outros nomes e exportada como pele de outras espécies. Mais de 40 milhões de animais são mortos a cada ano para o uso de suas peles.
Disponível em: <http://www.tribunaanimal.com/eventos _
made_in_china_RJ.htm>. Acesso em: 30 nov. 2016.
Texto II



Disponível em: <http://materialatividadescomplem
entares/apostila-9c2ba-ano-lp-e-mat-com-descritores-palm-
as >. Acesso em: 30 nov. 2016
3. Sobre os textos I e II, podemos dizer que
(A) o texto I relata a crueldade da indústria de pele na China e o texto II critica o uso de casacos de pele de animais.
(B) o texto I critica o uso de casacos de pele e o texto II questiona o leitor sobre a proteção dos animais.
(C) o texto I trata da crueldade da indústria de pele na China e o texto II apoia o uso de casacos de pele de animais.
(D) o texto I incentiva uma nova legislação para a indústria de pele e o texto II condena o uso de peles de animais.
(E) o texto I é um manifesto em defesa dos animais, enquanto o segundo é um cartaz pela proteção deles.



ITEM 8
Leia o texto e, a seguir, responda a atividade proposta.
A chuva
Arnaldo Antunes
A chuva derrubou as pontes. A chuva transbordou os rios. A chuva molhou os transeuntes. A chuva encharcou as praças. A chuva enferrujou as máquinas. A chuva enfureceu as marés. A chuva e seu cheiro de terra. A chuva com sua cabeleira. A chuva esburacou as pedras. A chuva alagou a favela. A chuva de canivetes. A chuva enxugou a sede. A chuva anoiteceu de tarde. A chuva e seu brilho prateado. A chuva de retas paralelas sobre a terra curva. A chuva destroçou os guarda-chuvas. A chuvadurou muitos dias. A chuva apagou o incêndio. A chuva caiu. A chuva derramou-se. A chuva murmurou meu nome. A chuva ligou o para-brisa. A chuva acendeu os faróis. A chuva tocou a sirene. A chuva com a sua crina. A chuva encheu a piscina. A chuva com as gotas grossas. A chuva de pingos pretos. A chuva açoitando as plantas. A chuva senhora da lama. A chuva sem pena. A chuva apenas. A chuva empenou os móveis. A chuva amarelou os livros. A chuva corroeu as cercas. A chuva e seu baque seco. A chuva e seu ruído de vidro. A chuva inchou o brejo. A chuva pingou pelo teto. A chuva multiplicando insetos. A chuva sobre os varais. A chuva derrubando raios. A chuva acabou a luz. A chuva molhou os cigarros. A chuva mijou no telhado. A chuva regou o gramado. A chuva arrepiou os poros. A chuva fez muitas poças. A chuva secou ao sol.
Disponível em: <http://acervo.novaescola.org.br/fundamen
-tal-1/chuva-634351.shtml>. Acesso em: 1º dez. 2016

1. Todas as frases do texto começam com "a chuva". Esse recurso é utilizado para

(A) provocar a percepção do ritmo e da sonoridade.
(B) provocar uma sensação de relaxamento dos sentidos.
(C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da chuva.
(D) sugerir a intensidade e a continuidade da chuva.
(E) reproduzir o som da quantidade de água que cai e do vento.

2. Observe: “A chuva derrubou as pontes. [...] A chuva com sua cabeleira.”. Que diferença sintática apresentam as duas frases acima?
Leia o texto e, a seguir, responda a atividade proposta.

Máscara

     Pitty
Diga, quem você é me diga
Me fale sobre a sua estrada
Me conte sobre a sua vida
Tira, a máscara que cobre o seu rosto
Se mostre e eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiro jeito de ser
Ninguém merece ser só mais um bonitinho
Nem transparecer, consciente, inconsequente sem se preocupar em ser adulto ou criança
O importante é ser você
Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro
Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja... [...]
O meu cabelo não é igual
A sua roupa não é igual
Ao meu tamanho, não é igual
Ao seu caráter, não é igual
Não é igual, não é igual, não é igual [...]
Disponível em: <http://www.letras.com.br/pitty/mascara>. Acesso em: 1º dez. 2016.
3. Qual o efeito da repetição da expressão “não é igual” nos versos 15, 16, 17, 18 e 19?


ITEM 9
Leia o texto e, a seguir, responda as atividades propostas.
O diamante
Um dia, Maria chegou em casa da escola muito triste.
─ O que foi? ─ perguntou a mãe de Maria. Mas Maria nem quis conversa. Foi direto para o seu quarto, pegou o seu Snoopy e se atirou na cama, onde ficou deitada, emburrada. A mãe de Maria foi ver se Maria estava com febre. Não estava. Perguntou se Maria estava sentindo alguma coisa. Não estava. Perguntou se estava com fome. Não estava. Perguntou o que era, então.
─ Nada ─ disse Maria. A mãe resolveu não insistir. Deixou Maria deita da na cama, abraçada como seu Snoopy, emburrada. Quando o pai de Maria chegou em casa do trabalho a mãe de Maria avisou: ─Melhor nem falar com ela... Maria estava com cara de poucos amigos. Pior, estava com cara de amigo nenhum. Na mesa do jantar, Maria de repente falou:
─ Eu não valo nada.
O pai de Maria disse: ─ Em primeiro lugar, não se diz ‘”eu não valo nada”. É “eu não valho nada”. Em segundo lugar, não é verdade. Você valhe muito. Quer dizer, vale muito.
─ Não valho.
─ Mas o que é isso? ─ disse a mãe de Maria. ─ Você é a nossa filha querida. Todos gostam de você. A mamãe, o papai, a vovó, os tios, as tias. Para nós, você é uma preciosidade.
Mas Maria não se convenceu. Disse que era igual a mil outras pessoas. A milhões de outras pessoas. ─ Só na minha aula tem sete Marias! ─ Querida...─ começou a dizer a mãe. Mas o pai interrompeu. ─ Maria, disse o pai ─, você sabe porque um diamante vale tanto dinheiro? ─ Porque é bonito.
─ Porque é raro. Um pedaço de vidro também é bonito. Mas o vidro se encontra em toda parte. Um diamante é difícil de encontrar. Quanto mais rara é uma coisa, mais ela vale. Você sabe por que o ouro vale tanto?
─ Por quê?
─ Porque tem pouquíssimo ouro no mundo. Se o ouro fosse como areia, a gente ia caminhar no ouro, ia rolar no ouro, depois ia chegar em casa e lavar o ouro do corpo para não ficar suja. Agora, imagina se em todo o mundo só existisse uma pepita de ouro. ─ Ia ser a coisa mais valiosa do mundo. ─ Pois é. E em todo o mundo só existe uma Maria. ─ Só na minha aula são sete.
─ Mas são outras Marias. ─ São iguais a mim.
Dois olhos, um nariz...
─ Mas esta pintinha aqui nenhuma delas tem. ─ É... ─ Você já se deu conta de que em todo o mundo só existe uma você?
─ Mas, pai... ─ Só uma. Você é uma raridade. Podem existir outras parecidas. Mas você, você mesmo, só existe uma. Se algum dia aparecer outra você na sua frente, você pode dizer: é falsa.
─ Então, eu sou a coisa mais valiosa do mundo.
─ Olha, você deve estar valendo aí uns três trilhões...
Naquela noite, a mãe de Maria passou perto do quarto dela e ouviu Maria falando com o Snoopy.
─ Sabe um diamante?
VERÍSSIMO, Luís Fernando. O santinho. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
Disponível em: <http://www.cmrj.ensino.eb.br/cmrj/concur-sos/admissão/provas/2011/PRVPOR611.pdf>. Acesso em: 05 nov. 2016.

1.      O pai de Maria compara implicitamente a filha a um diamante. Que semelhanças há entre ambos?
2.      Releia o trecho “─ Sabe um diamante? ” O que sugere a fala da menina no final do texto?
Leia o texto e, a seguir, responda a atividade proposta.

Uma tropa de kamikazes do bem
180 técnicos voltam à usina FUKUSHIMA, Japão.
Eles eram 50, foram removidos às pressas e ontem voltaram num grupo ainda maior, 180, ao que pode ser considerado um dos lugares mais perigosos do planeta: o complexo nuclear de Fukushima I. Enquanto o mundo tenta desvendar a identidade dos bravos técnicos da Tokyo Eletric Power Company (Tepco), o grupo enfrenta os riscos de explosões, incêndios e, sobretudo, a letal exposição prolongada à radiação para tentar resfriar os reatores avariados. Desafiando a morte, sua coragem lembra a dos kamikazes: os pilotos japoneses suicidas que, na Segunda Guerra, arremessavam suas aeronaves contra navios inimigos, numa tentativa de salvar o Japão da invasão.
Jornal O GLOBO
Disponível em: <http://semed.Palmas.to.gov.br/saep/public/ saep/arquivosdownload/apostila_2013_9ano.pdf>. Acesso em: 5 dez. 2016.
3.      Qual a informação que está implícita pelo fato de o jornal chamar os 180 técnicos de Kamikazes?

ITEM 10
Leia o texto e, a seguir, responda a atividade proposta.
Epitáfio Sérgio Britto
Devia ter amado mais Ter chorado mais Ter visto o sol nascer Devia ter arriscado mais E até errado mais Ter feito o que eu queria fazer... Queria ter aceitado As pessoas como elas são Cada um sabe a alegria E a dor que traz no coração... [...] Devia ter complicado menos Trabalhado menos Ter visto o sol se pôr Devia ter me importado menos Com problemas pequenos Ter morrido de amor... [...]
Disponível em: <https://www.diariofm.com.br/letras/titas/e-pitafio>. Acesso em: 02 dez. 2016.
1. A música tem como tema central
(A) a eternização do amor como solução para os problemas da vida.
(B) o arrependimento por não ter aproveitado mais as coisas da vida.
(C) a preocupação por não saber o que fazer nas diversas situações da vida.
(D) o sentimento de morte que perpassa todas as simples situações da vida.
(E) o sentimento de medo diante da morte e do que acontece após o fim da vida.

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Publicidade: a força das imagens a serviço do consumo
Comerciais exibidos na televisão recorrem a estereótipos para criar a sensação de desejo inconsciente do telespectador
A linguagem da propaganda, em qualquer meio de comunicação, é sempre a da sedução, a do convencimento. Na TV, seu discurso ganha um reforço considerável: a força das imagens em movimento. Assim, fica muito difícil resistir aos seus apelos: o sanduíche cujos ingredientes quase saltam da tela com sua promessa de sabor, o último lançamento automobilístico – que nenhum motorista inteligente pode deixar de comprar – deslizando em uma rodovia perfeita como um tapete, a roupa de grife moldando o corpo esguio de jovens modelos. Publicidade funciona assim nas revistas, nos jornais, no vídeo e nos outdoors, mas suas armas parecem mais poderosas na televisão. Se é verdade, como dizem os críticos, que a propaganda tenta criar necessidades que não temos, os comerciais de TV são os que mais perto chegam de nos fazer levantar imediatamente do sofá para realizar algum desejo de consumo – e às vezes conseguem, quando o objeto em questão pode ser encontrado na cozinha.
Aprender a ler as peças publicitárias veiculadas pela TV tem a mesma importância na formação de um telespectador crítico, que sabe analisar os noticiários e as telenovelas [...]
RIZO, Sérgio. “O poder da telinha”. Nova Escola. São Paulo: Abril, ano XIII, n. 118, p. 17, dez. 1998.
Disponível em: <http jucienebertoldo.wordpress.com/2014/08/29
/atividades-de-lingua-portuguesa-ensino-medio-com-descritores/>. Acesso em: 2 dez. 2016.
2. O assunto desse texto é
(A) a linguagem da propaganda.
(B) a veiculação da propaganda.
(C) o valor da peça publicitária.
(D) a publicidade e o consumo.
(E) o comercial e a televisão.

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A economia da felicidade
Vivemos em tempos de altas ansiedades. Apesar de o mundo usufruir de uma riqueza total sem precedentes, também há ampla insegurança, agitação e insatisfação. Nos Estados Unidos, uma grande maioria dos americanos acredita que o país está “no caminho errado”. O pessimismo está nas alturas. O mesmo vale para muitos outros lugares.
Tendo essa situação como pano de fundo, chegou a hora de reconsiderar as fontes básicas de felicidade em nossa vida econômica. A busca incansável de rendas maiores vem nos levando a uma ansiedade e iniquidade sem precedentes, em vez de nos conduzir a uma maior felicidade e satisfação na vida. O progresso econômico é importante e pode melhorar a qualidade de vida, mas só se o buscarmos junto com outras metas. [...]
SACHS, Jeffrey D.
Disponível em: <gttp://zelmar.blogspot.com/2011/08/economia--da-felicidade.html>. Acesso em: 2 dez. 2016 (fragmento).

3. O tema central do texto é
(A) busca por maiores rendas.
(B) insegurança vivida pelo homem.
(C) ansiedade do mundo contemporâneo.
(D) reconsideração das fontes de felicidade.
(E) relação entre vida econômica e felicidade.


2 comentários:

  1. Professora, ficamos felizes em ver nosso material contribuindo para o trabalho dos professores de língua portuguesa de Goiás e do Brasil; pedimos apenas que da próxima vez coloque os créditos devidos à Seduce-GO como organizadora do mesmo; aproveitando, nos colocamos à disposição para o que precisar.

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