segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Regência Verbal

Complete com a regência correta: 
01. É preferível morrer [do que ser / a ser] desonrado.
02. Naquele tempo João [namorava com / namorava] Maria.
03. Aos domingos nós [vamos no / vamos ao] cinema.
04. O caçador visou [o /ao] alvo.
05. [Perdoei as / Perdoei às] crianças.
06. Preferiu [sair do que / sair a] ser humilhado. 
07. Chegamos [a / em] São Paulo pela manhã.
08. A noiva chegou [à / na] igreja às 18 horas.
09. A criança queria [o / ao] sorvete de qualquer maneira.
10. [Aspiro o / Aspiro ao] ar fresco de Rio de Contas.
11. [Assistimos a / Assistimos] um bom filme.
12. Não se [esqueça / esqueça de] que todos somos falíveis.
13. A empresa não [paga aos / paga os] funcionários.
14. [Paguei o / Paguei ao] quitandeiro.
15. Sempre [simpatizei / simpatizei com] Eleonora.
16. Mas [antipatizo / antipatizo com] o irmão dela.
17. Sempre [visei a / visei] uma vida melhor.
18. [Esqueci / Esqueci-me] todo o dinheiro em casa.
19. [Esqueci-me / Esqueci] de todo o dinheiro em casa.
20. Não [esquecerei / me esquecerei] de você, Cláudia.
21. Todos em casa assistem [telenovelas / a telenovelas].
22. A empregada aspirou [o pó / ao pó] do tapete.
23. Você já pagou [o / ao] dentista e [o / ao] médico.
24. O pai ainda não perdoou [a / à] filha.
25. O Estado paga muito mal [os / aos] professores.
26. Você [se lembra / lembra] de mim.
27. Nunca namorei [com essa / essa] garota.
28. Prefiro ser prejudicado [do que / a] prejudicar os outros.
29. Prefiro a companhia de Paulo [que a / a] de Joaquim.
30. Prefiro crítica sincera [do que / a] elogios exagerados.
31. [Esqueci / Esqueci-me] meu caderno de anotações.
32. [Esqueci / Esqueci-me] da promessa.
33. Ainda [lembro / me lembro] da casa que morávamos.
34. Pagou [à /a] dívida.
35. Sempre antipatizei [com todos / a todos].
36. Preferia [mais o / o] campo [do que a / a] cidade.
37. Prefere [mais sair / sair] [do que ficar / a ficar].
38. Meu pai [esqueceu / se esqueceu] de ir à reunião.
39. [Lembrou / Lembrou-se] de que era feriado.
40. Por que não [simpatizas / simpatizas com] o diretor?
41. Obedeça [o / ao] regulamento.
42. Aspire [o / ao] ar da manhã.
43. Ele aspira [o / ao] sucesso.
44. Ele assistiu [o / ao] jogo.
45. O médico assiste [o / ao] ferido.
46. O garotinho respondeu [ao / o] pai.
47. O caçador visou [o / ao] alvo e atirou.
48. Paguei [a / à] conta.
49. Perdoei [ao / o] inimigo.
50. Foi preso porque não pagou [o / ao] advogado.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Variações Linguísticas

·         Questão 1
"Todas as variedades linguísticas são estruturadas e correspondem a sistemas e subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas o fato de estar a língua fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação."
                   Celso Cunha. Nova gramática do português contemporâneo. Adaptado.
A partir da leitura do texto, podemos inferir que uma língua é:
a) conjunto de variedades linguísticas, dentre as quais uma alcança maior valor social e passa a ser considerada exemplar.
b) sistema que não admite nenhum tipo de variação linguística, sob pena de empobrecimento do léxico.
c) a modalidade oral alcança maior prestígio social, pois é o resultado das adaptações linguísticas produzidas pelos falantes.
d) A língua padrão deve ser preservada na modalidade oral e escrita, pois toda modificação é prejudicial a um sistema linguístico.



·         Questão 2
Questão 106 - Enem 2013 (Variações linguísticas no Enem)
Até quando?
Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo).
Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).
As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto
a) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet.
b) cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas.
c) tom de diálogo, pela recorrência de gírias.
d) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.
e) originalidade, pela concisão da linguagem.


·         Questão 3
Questão 115 - Enem 2012 (Variações linguísticas no Enem)
Texto I
Antigamente
Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não devia também se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. Não ficava mangando na rua, nem escapulia do mestre, mesmo que não entendesse patavina da instrução moral e cívica. O verdadeiro smart calçava botina de botões para comparecer todo liró ao copo d’água, se bem que no convescote apenas lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram um precipício, jogando com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pôr as barbas de molho diante de um treteiro de topete, depois de fintar e engambelar os coiós, e antes que se pusesse tudo em pratos limpos, ele abria o arco.
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983 (fragmento).
Texto II
Expressão
Significado
Cair nos braços de Morfeu
Dormir
Debicar
Zombar, ridicularizar
Tunda
Surra
Mangar
Escarnecer, caçoar
Tugir
Murmurar
Liró
Bem-vestido
Copo d'água
Lanche oferecido pelos amigos
Convescote
Piquenique
Treteiro de topete
Tratante atrevido
Abrir o arco
Fugir
Bilontra
Velhaco
FIORIN, J. L. As línguas mudam. In: Revista Língua Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado).
Na leitura do fragmento do texto Antigamente constata-se, pelo emprego de palavras obsoletas, que itens lexicais outrora produtivos não mais o são no português brasileiro atual. Esse fenômeno revela que
a) a língua portuguesa de antigamente carecia de termos para se referir a fatos e coisas do cotidiano.
b) o português brasileiro se constitui evitando a ampliação do léxico proveniente do português europeu.
c) a heterogeneidade do português leva a uma estabilidade do seu léxico no eixo temporal.
d) o português brasileiro apoia-se no léxico inglês para ser reconhecido como língua independente.
e) o léxico do português representa uma realidade linguística variável e diversificada.


·         Questão 4
Contudo, a divergência está no fato de existirem pessoas que possuem um grau de escolaridade mais elevado e com um poder aquisitivo maior que consideram um determinado modo de falar como o “correto”, não levando em consideração essas variações que ocorrem na língua. Porém, o senso linguístico diz que não há variação superior à outra, e isso acontece pelo “fato de no Brasil o português ser a língua da imensa maioria da população não implica automaticamente que esse português seja um bloco compacto coeso e homogêneo”. (BAGNO, 1999, p. 18)
Sobre o fragmento do texto de Marcos Bagno, podemos inferir, exceto:
a) A língua deve ser preservada e utilizada como um instrumento de opressão. Quem estudou mais define os padrões linguísticos, analisando assim o que é correto e o que deve ser evitado na língua.
b) As variações linguísticas são próprias da língua e estão alicerçadas nas diversas intenções comunicacionais.
c) A variedade linguística é um importante elemento de inclusão, além de instrumento de afirmação da identidade de alguns grupos sociais.
d) O aprendizado da língua portuguesa não deve estar restrito ao ensino das regras.
e) Segundo Bagno, não podemos afirmar que exista um tipo de variante que possa ser considerada superior à outra, já que todas possuem funções dentro de um determinado grupo social.



5) Que variação linguística está sendo usada por Chico Bento e seu pai? Por quê?

6) A que gênero textual pertence o texto acima?

7) Que tipo de linguagem é utilizada nos quadrinhos: verbal, não verbal ou mista? Por quê?

8) Reescreva todas as falas fazendo uso da variedade padrão:













9) Na tirinha acima, Chico Bento e a professora utilizam o mesmo tipo de variedade linguística? Explique da melhor forma possível:

10) Reescreva as falas consideradas inadequadas com relação à norma padrão:

11) Invente uma possível fala para a professora, após a confissão do Chico Bento.