quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Lista de Exercícios - Orações Subordinadas Substantivas

1. Verifique se a oração destacada é: objetiva direta, objetiva indireta, completiva nominal, subjetiva, apositiva ou predicativa.

a)      Os pais desejam que os filhos sejam felizes.
b)      Tenho conhecimento de que tu voltarás amanhã.
c)      Eu não me esqueço de que deverei resolver tudo amanhã.
d)     É conveniente que seja assim.
e)      Afinal me convenci de que tudo eram sonhos.
f)       Tenho a vaga lembrança de que o conheço de algum lugar.
g)      Penso que tens medo de que ele se vá.
h)      Tínhamos uma esperança: que dias melhores viriam.
i)        O correto seria o seguinte: que todos colaborassem.
j)        A verdade é que você precisa de ajuda.


2. (FCE-SP) "Os homens sempre se esquecem de que somos todos mortais." A oração destacada é:

a) substantiva completiva nominal
b) substantiva objetiva indireta
c) substantiva predicativa
d) substantiva objetiva direta
e) substantiva subjetiva

3. (FEI-SP) "Estou seguro de que a sabedoria dos legisladores saberá encontrar meios para realizar semelhante medida." A oração em destaque é substantiva:

a) objetiva indireta
b) completiva nominal
c) objetiva direta
d) subjetiva
e) apositiva

4. (UCMG) Há oração subordinada substantiva apositiva em:

a) Na rua perguntou-lhe em tom misterioso: onde poderemos falar à vontade?
b) Ninguém reparou em Olívia: todos andavam como pasmados.
c) As estrelas que vemos parecem grandes olhos curiosos.
d) Em verdade, eu tinha fama e era visto valsista emérito: não admira que ela me preferisse.
e) Sempre desejava a mesma coisa: que a sua presença fosse notada.

5. (UFMG) Na frase "Maria do Carmo tinha a certeza de que estava para ser mãe", a oração em destaque é:

a) subordinada substantiva objetiva indireta
b) subordinada substantiva completiva nominal
c) subordinada substantiva predicativa
d) coordenada sindética conclusiva
e) coordenada sindética explicativa

6. (UFPA) Qual o período em que há oração subordinada substantiva predicativa?

a) Meu desejo é que você passe nos exames vestibulares.
b) Sou favorável a que o aprovem.
c) Desejo-te isto: que sejas feliz.
d) O aluno que estuda consegue superar as dificuldades do vestibular.
e) Lembre-se de que tudo passa neste mundo.

7. (FESP) "Lembro-me de que ele só usava camisas brancas." A oração em destaque é:

a) substantiva completiva nominal
b) substantiva objetiva indireta
c) substantiva predicativa
d) substantiva subjetiva
e) n.d.a.



8. (F. Tibiriçá-SP) No período "Todos tinham certeza de que seriam aprovados", a oração destacada é:

a) substantiva objetiva indireta
b) substantiva completiva nominal
c) substantiva apositiva
d) substantiva subjetiva
e) n.d.a.

9. (UFSCar-SP) Marque a opção que contém oração subordinada substantiva completiva nominal.

a) "Tanto eu como Pascoal tínhamos medo de que o patrão topasse Pedro Barqueiro nas ruas da cidade."
b) "Era preciso que ninguém desconfiasse do nosso conluio para prendermos o Pedro Barqueiro."
c) "Para encurtar a história, patrãozinho, achamos Pedro Barqueiro no rancho, que só tinha três divisões: a sala, o quarto dele e a cozinha."
d) "Quando chegamos, Pedro estava no terreiro debulhando milho, que havia colhido em sua rocinha, ali perto."
e) "Pascoal me fez um sinalzinho, eu dei a volta e entrei pela porta do fundo para agarrar o Barqueiro pelas costas."

10. (F. Objetivo-SP) No período: "É necessário que todos se esforcem", a oração destacada é:

a) substantiva objetiva direta
b) substantiva objetiva indireta
c) substantiva completiva nominal
d) substantiva subjetiva
e) substantiva predicativa

11. (F. Objetivo-SP) "A verdade é que a gente não sabia nada..." Classifica-se a segunda oração como:
a) subordinada substantiva objetiva direta
b) subordinada adverbial conformativa
c) subordinada substantiva objetiva indireta
d) subordinada substantiva predicativa
e) subordinada substantiva apositiva

12. (F. Objetivo-SP) No período: "É necessário que todos se esforcem", a oração destacada é:

a) substantiva objetiva direta                    b) substantiva objetiva indireta
c) substantiva completiva nominal            d) substantiva subjetiva         e) substantiva predicativa 

13. (F. Objetivo-SP) "A verdade é que a gente não sabia nada..." Classifica-se a segunda oração como:

a) subordinada substantiva objetiva direta              b) subordinada adverbial conformativa
c) subordinada substantiva objetiva indireta           d) subordinada substantiva predicativa
e) subordinada substantiva apositiva

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

EXERCÍCIO SOBRE FRASE, PERÍODO E ORAÇÃO

1. Das frases abaixo relacionadas, indique (F ) para frases nominais  ou (O ) quando for oração.
(             ) Que dia quente!
(             ) Belas, as manhãs sertanejas!
(             ) Estou em Monteiro há onze anos.
(              ) O aluno compreende perfeitamente o olhar do professor .
(              ) Silêncio!
(              ) O sol brilhava no céu nordestino.
(              ) Havia muita gente naquela festa.
(              ) Socorro!
(              ) Que tristeza!
(              ) Aquele aluno nao se saiu bem na avaliação.
(              ) Despediu‑se da esposa antes de viajar para aItália.
(              ) Atenção, curva sinuosa!
(              ) Banco do Brasil.
(              ) Que maravilha seu trabalho!
(              ) As penas flutuam no ar.      
(              ) Um voo espetacular!   

2. Classifique os períodos abaixo em simples ou compostos.
a) Nestas férias, fomos conhecer Ouro Preto.____________________
b) Ninguém perguntou se ele virá ao concerto.____________________
c) Quando chove, a cidade fica insuportável.______________________
d) Não gostei do filme, os acontecimentos são muito previsíveis.________
e) Não empresto meus CDs a ninguém.__________________________

3. Sublinhe os verbos e coloque nos parênteses o número de orações existentes em cada período. (Lembre-se: numero de verbos = número de orações)

(              ) Hoje é sábado de carnaval e os jovens estão animadíssimos.
(              ) O governo deve garantir a educação de todas as crianças.
(              ) Olhei, gostei, tinha dinheiro, portanto comprei.
(              ) Fui à cidade, assisti ao filme que queria e voltei para casa.
(              ) Comprei um bilhete de loteria e fiquei milionária.
(              ) Sua mãe acaba de chegar à reunião.

4- Sublinhe os verbos,  escreva quantas orações existem em cada frase e coloque nos parênteses ( PS) para período simples e (PC) para período composto :
a) (              ) O carro velho do vovô subia lentamente a ladeira íngreme.
b)   (              ) Não consegui montar o quebra-cabeça,  pois faltavam peças.
c)    (              ) O guia da excursão explicava com detalhes as atrações  turísticas,  para que todos aproveitassem bem a viagem.

d)   (              ) Os novos celulares oferecem  aos consumidores muitas vantagens.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Para o 5º Período – As orações Subordinadas Substantivas

Ler ajuda a escrever?

Os olhos do leitor sustentam as mãos do escritor. A leitura e a escrita estão intimamente ligadas porque a primeira nutre a segunda.
É praticamente impossível que um leitor sensível não se torne um bom escritor. Quem lê norteia sua escrita sobre três pilares: o da criticidade, o do conhecimento e o da apreensão da língua. Quanto ao pilar da criticidade, podemos dizer que a leitura crítica permite-nos uma melhor compreensão da intrincada realidade que vivemos: ler o mundo é engendrar o humano. Já o conhecimento é desvelado a quem lê num encontro cosmogônico, ou seja, pela leitura o universo se abre ao homem. Finalmente, no diálogo linguístico, o leitor encontrará o sêmen que fecundará a criação transfigurada na escrita.
Assim, podemos dizer que a leitura é mestra-mãe da escrita, ela alimenta em seu seio o texto que nasce.
(Sandra Aparecida da Silva)

01 – Considerando os três pilares citados no texto, marque (1) para criticidade, (2) para conhecimento e (3) para apreensão da língua.
( ) A leitura dá ao homem a possibilidade de desvendar o universo.
( ) Quem lê tem maior capacidade para compreender o ser humano e todas as suas complexidades.
( ) O contato com a leitura permite ao escritor criar bons textos.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

a) 3, 1, 2
b) 2, 1, 3
c) 3, 2, 1
d) 1, 3, 2

02 – Leia:
O conhecimento é desvelado a quem lê num encontro cosmogônico... (linhas 11 e 12)
De acordo com o texto, qual o sentido que não pode ser atribuído ao termo destacado acima?

a) esclarecido
b) elucidado
c) revelado
d) ocultado 

03 – Assinale a alternativa que melhor contempla a ideia contida no primeiro parágrafo.
a) A escrita fornece elementos e recursos linguísticos que enriquecem e norteiam a leitura.
b) Leitura e escrita se fundem e se confundem, contudo, em determinadas situações, uma pode viver longe da outra.
c) A escrita é possível por meio da leitura, uma vez que esta fornece elementos que servem de sustentação para aquela.
d) Torna-se bom escritor somente aquele que tem grande domínio dos recursos linguísticos e das regras gramaticais.

04 – Leia:
É praticamente impossível que um leitor sensível não se torne um bom escritor. (linhas 4 e 5)
De acordo com o texto, um leitor sensível é aquele que:
a) tem a possibilidade de se tornar um bom escritor, pois consegue fazer uma análise crítica e profunda do texto.
b) se deixa influenciar pelas sensações externas e não consegue expressar as suas opiniões.
c) é intenso em seus sentimentos e que vive suas emoções sem medir as consequências.
d) se sente ofendido com o conteúdo de alguns textos.

5. Os olhos do leitor sustentam as mãos do escritor. O termo em destaque tem a mesma função sintática do que está em destaque na alternativa:

a. É necessário que se torne um bom leitor.
b. Não podemos nos esquecer de que os pais devem orientar seus filhos para a importância da leitura.
c. A leitura é que liberta o homem da ignorância.
d. Os professores esperam que os alunos leiam bons livros

6. É praticamente impossível que um leitor sensível não se torne um bom escritor. A oração em destaque é:

a. subordinada substantiva objetiva direta
b. subordinada substantiva objetiva indireta 
c. subordinada substantiva completiva nominal
d. subordinada substantiva subjetiva
7. O primeiro parágrafo do texto é composto por:

a. Uma oração
b. Duas orações
c. três orações
d. quatro orações


8. O leitor encontra o sêmen que fecundará a criação transfigurada na escrita(l. 8) O termo em destaque tem a mesma função sintática de:
a. ... que a leitura é a mestra mãe da escrita
b. ... é engendrar o humano
c. ... a quem lê num encontro cosmogônico
d. ... da intrincada realidade que vivemos.

9. “O conhecimento é desvelado... ”No texto, a oração que completa a oração principal tem a função de:
a. objeto direto
b. complemento nominal
c. objeto indireto
d. predicativo

10. Leia:
É importante que sejam colocados avisos nos estabelecimentos, comunicando que a venda de bebidas alcoólicas para menores de idade é proibida, mas não podemos nos esquecer de que os pais devem orientar seus filhos quanto aos perigos do álcool. Considerando as orações subordinadas substantivas, há, no período acima,

a) uma objetiva direta, uma completiva nominal e uma objetiva indireta.
b) uma subjetiva, uma objetiva direta e uma objetiva indireta.
c) uma objetiva direta, uma predicativa e uma objetiva indireta
d. d) uma subjetiva e duas objetivas diretas.

11. A leitura é que liberta o homem da ignorância. Classifique a oração em destaque e justifique sua resposta.


12. Faça um texto dissertativo-argumentativo sobre  “ A importância da leitura”. O seu texto deverá ter entre 15 a 30 linha e  um título.

Texto para Interpretação

TENTAÇÃO


   Ela estava com soluço. E como se não bastasse a claridade das duas horas, ela era ruiva.

   Na rua vazia as pedras vibravam de calor - a cabeça da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava. Ninguém na rua, só uma pessoa esperando inutilmente no ponto do bonde. E como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado na mão. Que fazer de uma menina ruiva com soluço? Olhamo-nos sem palavras, desalento contra desalento. Na rua deserta nenhum sinal de bonde. Numa terra de morenos, ser ruivo era uma revolta involuntária. Que importava se num dia futuro sua marca ia fazê-la erguer insolente uma cabeça de mulher? Por enquanto ela estava sentada num degrau faiscante da porta, às duas horas. O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida. Segurava-a com um amor conjugal já habituado, apertando-a contra os joelhos.
   Foi quando se aproximou a sua outra metade neste mundo, um irmão em Grajaú. A possibilidade de comunicação surgiu no ângulo quente da esquina, acompanhando uma senhora, e encarnada na figura de um cão. Era um basset lindo e miserável, doce sob a sua fatalidade. Era um basset ruivo.

   Lá vinha ele trotando, à frente de sua dona, arrastando seu comprimento. Desprevenido, acostumado, cachorro.

   A menina abriu os olhos pasmada. Suavemente avisado, o cachorro estacou diante dela. Sua língua vibrava. Ambos se olhavam.

 Entre tantos seres que estão prontos para se tornarem donos de outro ser, lá estava a menina que viera ao mundo para ter aquele cachorro. Ele fremia suavemente, sem latir. Ela olhava-o sob os cabelos, fascinada, séria. Quanto tempo se passava? Um grande soluço sacudiu-a desafinado. Ele nem sequer tremeu. Também ela passou por cima do soluço e continuou a fitá-lo.
   Os pelos de ambos eram curtos, vermelhos.
   Que foi que se disseram? Não se sabe. Sabe-se apenas que se comunicaram rapidamente, pois não havia tempo. Sabe-se também que sem falar eles se pediam. Pediam-se com urgência, com encabulamento, surpreendidos.

   No meio de tanta vaga impossibilidade e de tanto sol, ali estava a solução para a criança vermelha. E no meio de tantas ruas a serem trotadas, de tantos cães maiores, de tantos esgotos secos - lá estava uma menina, como se fora carne de sua ruiva carne. Eles se fitavam profundos, entregues, ausentes de Grajaú. Mais um instante e o suspenso sonho se quebraria, cedendo talvez à gravidade com que se pediam.

   Mas ambos eram comprometidos.
   Ela com sua infância impossível, o centro da inocência que só se abriria quando ela fosse uma mulher. Ele, com sua natureza aprisionada.

   A dona esperava impaciente sob o guarda-sol. O basset ruivo afinal despregou-se da menina e saiu sonâmbulo. Ela ficou espantada, com o acontecimento nas mãos, numa mudez que nem pai nem mãe compreenderiam. Acompanhou-o com olhos pretos que mal acreditavam, debruçada sobre a bolsa e os joelhos, até vê-la dobrar a outra esquina.

   Mas ele foi mais forte que ela. Nem uma só vez olhou para trás
__________________
Conto extraído de LISPECTOR, Clarice. Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.

Após ler o texto, responda:

1 Quem são as personagens principais? O que elas têm em comum?

2. O que a menina fazia sentada na porta de casa, às duas horas da tarde?

3. Onde se passa a história? Retire do texto uma frase que apresenta uma característica marcante do cenário

4.De acordo com o texto, como a menina se sentia em relação a outras pessoas? Retire do texto uma frase para justificar sua resposta.

5. “Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava.” O que a menina suportava?
Indique a alternativa que melhor responde a questão:
(a) a pessoa que esperava o bonde   (b)  a bolsa velha        
(c) o calor e a solidão             (d) sua mãe

6. “O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida.” Do que a bolsa a salvava?
(a) do calor excessivo                               (b) da solidão, já que a bolsa era sua companhia
(c) das brigas com a mãe                         (d)  do homem que esperava o bonde

7) No texto, quem é o narrador?
( a ) a mãe   
(b ) alguém presente na história, mas sem participar muito 
(c) alguém que não está  presente na história

(d) a menina ruiva

8) Retire  do texto um trecho em que se percebe a presença do narrador como personagem.

9) O que o narrador fazia naquele lugar ?

10)Pode-se dizer que o narrador se identifica com a menina? Por quê?

11) O cão basset provoca uma mudança na cena inicial. Qual a reação da menina e do cão quando se veem ?

12) “Mas ambos eram comprometidos.” Segundo o texto, com o que eles eram comprometidos ? O que isso pode significar?

13) Por que o cachorro não olhou para trás?

14) Considerando a reação da menina e do cão quando se encontram e a resposta à questão 10, o que o título TENTAÇÃO pode indicar?

13) Qual é o tema central do texto?

Questões para debater:
No texto, a menina se sente diferente dos outros, o que intensifica a solidão dela. Ser diferente dos demais gera solidão? Você já se sentiu excluído ou sozinho por ser diferente dos outros? Qual é sua opinião sobre isso? Crie um artigo de opinião sobre esse assunto.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Questões: Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto

 1.  (FUVEST) 

Só os roçados da morte
compensam aqui cultivar,
e cultivá-los é fácil:
simples questão de plantar;
não se precisa de limpa,
de adubar nem de regar;
as estiagens e as pragas
fazem-nos mais prosperar;
e dão lucro imediato;
nem é preciso esperar
pela colheita: recebe-se
na hora mesma de semear.

(João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina)

Nos versos acima, a personagem da “rezadora” fala das vantagens de sua profissão e de outras semelhantes. A sequência de imagens neles presente tem como pressuposto imediato a ideia de:

a) sepultamento dos mortos.
b) dificuldade de plantio na seca.
c) escassez de mão-de-obra no sertão.
d) necessidade de melhores contratos de trabalho.
e) técnicas agrícolas adequadas ao sertão.


2. (FUVEST-SP)

Decerto a gente daqui
jamais envelhece aos trinta
nem sabe da morte em vida,
vida em morte, severina;
 (João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina)

Neste excerto, a personagem do “retirante” exprime uma concepção da “morte e vida severina”, ideia central da obra, que aparece em seu próprio título. Tal como foi expressa no excerto, essa concepção só NÃO encontra correspondência em:

a) “morre gente que nem vivia”.
b) “meu próprio enterro eu seguia”.
c) “o enterro espera na porta:
o morto ainda está com vida”.

d) “vêm é seguindo seu próprio enterro”.
e) “essa foi morte morrida
ou foi matada?”
.


3. (FEI-SP) Leia o texto com atenção e responda à questão.

— O meu nome é Severino
não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria;
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.
Mas isso ainda diz pouco:
há muito na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.
Como então dizer quem fala
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da Serra da Costela,
limites da Paraíba.
Mas isso ainda diz pouco:
se ao menos mais cinco havia
com nome de Severino
filhos de tantas Marias
mulheres de outros tantos,
já finados, Zacarias,
vivendo na mesma serra
magra e ossuda em que eu vivia.
Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas,
e iguais também porque o sangue
que usamos tem pouca tinta.
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).

(João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina)

É possível identificar nesse excerto características:

a) regionalistas, uma vez que há elementos do sertão brasileiro.
b) vanguardistas, pois o tratamento dispensado à linguagem é absolutamente original.
c) existencialistas, pois há a preocupação em revelar a sensação de vazio do homem do sertão.
d) naturalistas, porque identifica-se em Severino as características típicas do herói do século XIX.
e) surrealistas, já que existe uma apelação ao onírico e ao fantástico.


4. (CEFET) Leia as seguintes afirmações sobre Morte e Vida Severina:

I) O nascimento do filho do compadre José é antagônico em relação aos outros fatos apresentados na obra, já que esses são marcados pela morte.
II) Podemos dizer que o conteúdo é completamente pessimista, considerando-se que a jornada é marcada pela tragédia da seca, o que leva Severino à tentativa de suicídio.
III) Mais do que a seca, as desigualdades sociais do Nordeste são o tema da obra.

Assinale a alternativa correta sobre as afirmações:

a) Somente I e II estão corretas.
b) Somente I e III estão corretas.
c) Somente II e III estão corretas.
d) As três estão corretas.
e) As três estão incorretas

5. (POLI) O trecho abaixo é um fragmento de Morte e vida severina, poema escrito por João Cabral de Melo Neto. O poema conta a história de Severino, um retirante que foge da seca, saindo dos confins da Paraíba para chegar ao litoral de Pernambuco (Recife). Lá, o retirante acredita que irá encontrar melhores condições de vida. Este excerto (trecho) conta o momento em que, no final de sua caminhada, Severino chega ao litoral. Mas, mesmo ali, encontra apenas sinais de morte, como quando estava no sertão. Completamente desacreditado, sugere a um morador da região que pretende o suicídio. Então, inicia com ele uma discussão. Acompanhe:

"- Seu José, mestre Carpina
Para cobrir corpo de homem
Não é preciso muita água.
Basta que chegue ao abdômen
Basta que tenha fundura igual a de sua fome.
- Severino retirante,
O mar de nossa conversa
Precisa ser combatido
Sempre, de qualquer maneira.
Porque senão ele alaga e destrói a terra inteira. 


- Seu José, mestre Carpina,
Em que nos faz diferença
Que como frieira se alastre,
Ou como rio na cheia
Se acabamos naufragados
num braço do mar da miséria?"

(trecho tirado de teatro representado no Tuca)

O argumento central de Severino para defender sua intenção de suicidar-se é:

a) o de que o rio, tendo fundura suficiente, será o melhor meio, naquela situação, para conseguir seu intento.
b) o de que não é possível lutar com as mãos, já que as mãos não podem conter a água que se alastra.
c) o de que não é possível conter o mar daquela conversa, dada sua extensão e volume.
d) o de que a miséria, entendida como mar, irá naufragar mesmo a todos, independentemente do que se faça. 
e) o de que abandonando as mãos para trás será mais fácil afogar-se, já que não poderá nadar.

6. (FUVEST) É correto afirmar que, em Morte e Vida Severina:

a) A alternância das falas de ricos e de pobres, em contraste, imprime à dinâmica geral do poema o ritmo da luta de classes.
b) A visão do mar aberto, quando Severino finalmente chega ao Recife, representa para o retirante a primeira afirmação da vida contra a morte.
c) O caráter de afirmação da vida, apesar de toda a miséria, comprova-se pela ausência da ideia de suicídio.
d) As falas finais do retirante, após o nascimento de seu filho, configuram o “momento afirmativo”, por excelência, do poema.
e) A viagem do retirante, que atravessa ambientes menos e mais hostis, mostra-lhe que a miséria é a mesma, apesar dessas variações do meio físico.


7. (PUCCamp) A leitura integral de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, permite a correta compreensão do título desse “auto de natal pernambucano”:

a) Tal como nos Evangelhos, o nascimento do filho de Seu José anuncia um novo tempo, no qual a experiência do sacrifício representa a graça da vida eterna para tantos “severinos”.
b) Invertendo a ordem dos dois fatos capitais da vida humana, mostra-nos o poeta que, na condição “Severina”, a morte é a única e verdadeira libertação.
c) O poeta dramatiza a trajetória de Severino, usando o seu nome como adjetivo para qualificar a sublimação religiosa que consola os migrantes nordestinos.
d) Severino, em sua migração, penitencia-se de suas faltas, e encontra o sentido da vida na confissão final que faz a Seu José, mestre capina.
e) O poema narra as muitas experiências da morte, testemunhadas pelo migrantes, mas culmina com a cena de um nascimento, signo resistente da vida nas mais ingratas condições.

8. (UEL) Em Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, a palavra "severino(a)" apresenta-se como substantivo próprio, substantivo comum e adjetivo. Tal fato ocorre porque, nessa obra, a palavra "severino(a)":

a) Designa aquele que fala, além de outras personagens que, em virtude das dificuldades impostas pela vida, caracterizam-se por assumir a disciplina como norma de conduta. O termo qualifica a existência como permanente cuidado de não se expor a repreensões e censuras.
b) Designa a individualidade austera do protagonista e a individualidade flexível de outros homens e mulheres escorraçados do sertão pela seca. O termo qualifica a existência como busca constante de superação das dificuldades.
c) Designa o protagonista como ser inflexível, bem como outros retirantes que também se caracterizam pela rigidez diante da vida. O termo qualifica a existência como possibilidade de impor condições com rigor.
d) Designa aquele que fala, além de outros homens e mulheres que se caracterizam pelo rigor consigo mesmos e com os outros. O termo qualifica a existência humana como marcada pela austeridade nas opiniões.
e) Designa aquele que fala, o protagonista do auto, bem como os retirantes que, como ele, foram escorraçados do sertão pela seca e da terra pelo latifúndio. O termo qualifica a existência como realidade dura, áspera.


9. (UFOP) A partir da leitura de Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto, é correto afirmar que:

a) trata-se de um texto exclusivamente narrativo, uma vez que traz o relato dos episódios de uma viagem da personagem Severino do sertão até o mar.
b) trata-se de um texto exclusivamente dramático, uma vez que é composto de falas das personagens, além de comportar rubricas com marcações cênicas bastante nítidas.
c) trata-se de um texto exclusivamente lírico, uma vez que apresenta o discurso individual de Severino, que fala de si todo o tempo.
d) trata-se de um texto cuja classificação é de tragédia pura e simples.
e) trata-se de um texto cujo gênero é múltiplo, por não se prender exclusivamente a nenhum.


10. (UNIOESTE) Em relação à peça Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, todas as afirmativas abaixo são válidas, EXCETO

A) O fato em Morte e Vida Severina que comprova o subtítulo “auto de Natal” do poema-peça é o nascimento de um menino.
B) Em Morte e Vida Severina, João Cabral de Melo Neto apresenta uma atitude de resignação e conformismo ante as desgraças e desesperos dos muitos Severinos.
C) O êxodo do sertão em busca do litoral não é uma solução para o retirante, pois na cidade grande encontra sempre a mesma morte severina, como revelam os dois coveiros.
D) Na cidade grande, quando não encontra uma morte severina, tem que levar uma vida severina, vivendo no meio da lama, comendo os siris que apanha em mocambos infectos.
E) A problemática apresentada em Morte e Vida Severina é basicamente de caráter social e envolve a caótica e degradante situação do homem nordestino, vitimado pelas secas, pela fome e pela miséria.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Atividades sobre charges e cartuns

Charge 1

a) Quais são as possíveis leituras que se pode fazer desta charge?

b) O que você entende por "Inclusão Digital"? 

c) Por que esta charge é engraçada? 

d) Você acha que a expansão tecnológica tem melhorado a qualidade de vida das pessoas? Como? 

e)Quais são os principais benefícios e prejuízos de se utilizar a Internet? 

f) Você acredita que a tecnologia torna as pessoas mais individualistas?  Por quê?


Charge 2

a)Quais as possíveis leituras que poderiam ser feitas a partir desta charge? 

b) O que é necessário para que haja diminuição da violência?

c) Como o esporte pode mudar a vida de uma pessoa?



Charge 3



a) Quem é o personagem dessa charge? Como você o identificou?
b) Que região do país está sendo retratada no primeiro quadrinho? Por que podemos afirmar isso?
c) A que fases da vida do personagem as palavras “ontem” e “hoje” estão relacionadas?   
e) Analisando o quadro “ontem”, podemos identificar que o personagem teve um passado cheio de privações/ limitações? Quais são os sinais (ÍNDICES) que nos permitem chegar a essa conclusão?
f) Analisando o quadro “hoje”, percebemos que, embora envelhecido, trata-se do mesmo personagem?
g) Onde ele mora agora?  Como podemos chegar a essa conclusão?
i) Como ele é retratado agora?
j) Que índices nos levam a entender que a situação de vida dele mudou?
k) Qual a conclusão que podemos chegar então, a respeito dessa Charge?


sábado, 5 de outubro de 2013

Atividades de Conjunções subordinativas

1- Na frase Quando ocorreu o encontro entre as civilizações pré-colombianas e pré-cabralianas, os colonizadores foram capazes de superar a tragédia do enfrentamento...”, a conjunção destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, por:
a) assim que
b) contudo
c) sempre que
d) à medida que
e) embora

 2-  A palavra como  tem o valor  de conjunção subordinativa conformativa na opção:

a) Como não tivesse condições financeiras suficientes, Rubião viveu com parentes.
b) Como estava agravável a manhã, Rubião resolveu passear na enseada.
c) As más notícias chegam tão rápidas como as chuvas de verão.
d) Como ele mesmo disse, mana Piedade não se casou.


3-Sabendo que uma mesma conjunção subordinativa, dependendo do contexto em que estiver empregada, pode adquirir sentidos diferentes, analise as orações abaixo, atribuindo a classificação adequada a cada uma das conjunções em destaque:
a – Como não havia recursos financeiros suficientes, as obras ficaram paralisadas.
b – Fizemos a pesquisa como o professor indicou.
c – Você é meiga como uma flor.
d – Desde que você apresente justificativa poderá faltar à reunião.
e – Estamos morando aqui desde que a cidade foi fundada.

4- Por certo, dispondo do conhecimento que tem sobre as conjunções subordinativas, analise as orações demarcadas abaixo, classificando as conjunções destacadas de acordo com o sentido por elas representado:
a – A menos que apresente uma justificativa plausível, não poderá viajar hoje.
b - Falou tão alto, que ficou com a voz comprometida no outro dia.
c – Você parece ser calma como sua irmã.
d – À medida que o volume do som aumentava, mais a população reclamava.
e – Assim que chegou ao trabalho procurou iniciar as tarefas a que lhe eram atribuídas.
f – Quando você desocupar, avise-me.
g – Conforme me indicou, procurei o profissional de saúde para tratar do meu caso.